O Destino de Júpiter foi massacrado pela crítica desde o início, principalmente pelo enredo que não foi tão bem explorado quanto poderia ter sido. A premissa é interessante mas o roteiro é cheio de falhas e tudo acontece tão rápido que parece impossível conhecer a qualquer um dos personagens bem o bastante para sentir empatia por eles. Mas nem tudo é ruim. Na verdade, o filme mais recente de Andy e Lana Wachowisk é recheado de efeitos visuais incríveis, nos apresentando deslumbrantes cenários do universo fantástico criado pelos roteiristas.
Nossa protagonista é Júpiter (Mila Kunis), uma garota que perdeu o pai muito cedo e imigrou com a mãe para os Estados Unidos, onde passou a trabalhar como faxineira. Ela leva um vida simples e bastante regrada, trabalhando ao lado da mãe e da tia em luxuosos apartamentos e residências, onde é obrigada a limpar as privadas das pessoas ricas. Júpiter nunca poderia imaginar que uma incrível coincidência a colocaria no centro de um jogo muito perigoso de poder e a permitiria conhecer a verdade sobre a origem do Universo.
O fato é que Júpiter carrega os mesmos genes de uma grande rainha intergaláctica, morta séculos atrás. E para a realeza intergaláctica, carregar os mesmos genes transforma uma pessoa em uma espécie de reencarnação da outra; ou seja, para eles, Júpiter é uma rainha, a verdadeira herdeira do trono da Terra, com o poder de reivindicá-la para si. Acontece que os três herdeiros da antiga rainha farão o possível e o impossível para controlar a Terra, uma vez que ela representa um tesouro imensurável.
No momento em que Júpiter começa a notar que algo estranho está acontecendo, surge Cane (Channing Tatum). Ele é um híbrido meio humano meio lobo que foi contratado para levar Júpiter em segurança até Titus, um dos herdeiros do Universo. Porém, assim que descobre a verdadeira identidade de Júpiter e o motivo pelo qual os irmãos estão travando uma verdadeira guerra para tê-la, Cane fará o possível e o impossível para protegê-la.
É um filme repleto de efeitos especiais incríveis e com algumas particularidades que o tornam único. Eu achei interessante a premissa do verdadeiro tesouro que a Terra guarda. No mundo criado pelos roteiristas de O Destino de Júpiter, a verdadeira riqueza é o tempo. E não importa o que seja necessário fazer para ter o controle sobre ele.
No entanto, apesar da rica produção e efeitos especiais de fazer o queixo cair, o enredo deixa muitas pontas soltas e não convence em muitos momentos. É um filme com um visual fantástico, muitas cenas de ação e uma história agradável. Gostoso para assistir em um feriado preguiçoso (como eu fiz), mas que realmente não passa disso.
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